quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pontes Cruzadas


Já notaram que assistindo na televisão a rede Globo, você acaba se interligando às diversas programações do dia, sem saber? Tô assistindo Ana Maria Braga às 09H, por exemplo, e de repente entra Sandra Annemberg falando sobre o Jornal Hoje do meio dia. Ou assistindo Jornal Hoje às 13h e entra Cid Moreira falando sobre Globo Repórter da Sexta à noite.

A interligação de serviços dá a impressão ao usuário de continuidade, trabalho homogêneo e mais confiança no que é oferecido.

E na internet, isso não muda muito. Diversas empresas tem se unido em prol de uma unidade nos serviços. Dentre essas alianças, que ao meu ver são complemento de um trabalho prestado, podemos encontrar a Microsoft com a Yahoo, que resultaram no sistema de busca Bing; Yahoo e Twitter, que integram ao sistema da empresa Yahoo os twittes enviados e tornam mais relevantes às informações ali existentes;

A última parceria publicada foi entre o Yahoo e o Facebook.
O que na verdade acontece é a vontade do Facebook em investir no Connect, que permite aos seus 350 milhões de usuários se conectar em outros sites usando a identidade registradas no Facebook. Ou seja, o Facebook quer ser uma Ponte entre as informações e os usuários daquela rede social e pra isso está utilizando esta grande fornecedora de informações, o Yahoo, que pretende fornecer home-pages com aplicativos e interações personalizadas para cada usuário.

"No passado ele (o Yahoo) era o centro da gravidade da web. Isso mudou", descreve Valdes, analista do Gartner. Com o advento das redes sociais, o Yahoo ficou de fora da tendência e acabou perdendo o seu espaço, mas isso está sendo vencido com as diversas alianças que continua fazendo.

Entre os públicos afins, a comScore analisou o tráfego na net e descobriu que 52% dos que visitam o site do Yahoo estão visitando o Facebook e 84% dos que visitam o Facebook visitam o Yahoo.

Ou seja, a Ponte é comum e não arbitrariamente cruzada para fins comerciais.
O Yahoo ainda integra o Flickr, site de compartilhamento de fotos, o HotJobs, o site de carreiras e páginas de esportes e de finanças da própria empresa.

É o que acontece com um estabelecimento, quando une talentos diversificados, na tentativa de gerar um pacote de produtos úteis a um grupo específico de cliente.

Analisando assim, vemos o quanto é importante a integração das empresas, para que elas não se isolem como ilhas, deixando de construir Pontes necessárias para que alcancem um público ainda maior.

2 comentários:

  1. Fernando, texto muito bom sobre integração de prestação de serviços na Web. Você mostrou um cenário de Web 1.0, onde o usuário é apenas um cliente que usufrui de serviços. Mas pense em um cenário mais realístico hoje, o da Web 2.0, onde o usuário não é mais apenas um mero captador de conteúdo, mas também um publicador (isso aqui por exemplo é Web 2.0! \o/), isto é, uma peça fundamental do serviço integrado... A gente vê que cada vez mais a Web caminha para se tornar uma grande rede social, com todas os benefícios e desafios, dentre os quais o principal é "como fazer emergir ordem nesta sociedade aberta (i.e. sem controle centralizado)?". Na tentativa de resolver a maioria dos problemas fundamentais da confiabilidade dos serviços na Web 2.0, vemos surgir uma nova Web, que em breve será evidente: a Web semântica, ou Web 3.0. Dar significado ao amontoado de documentos pouco conectados e continuamente gerados por usuários é certamente um primeiro passo para uma integração dos serviços gerados por todos nós, tornando a Web não mais uma Web de documentos, mas de dados. Neste nível, a Web seria uma grande rede social guiada por ontologias atualizadas a cada mudança gerada pelos seus usuários e visualizada por todos eles. Isto me faz pensar que a Web é um grande sistema adapt.... Ops, estamos entrando no assunto de sistemas adaptativos complexos, então preciso terminar por aqui... ;-)

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  2. Grande Marcelo, às vezes me subestimo e não acredito que tenho amigos (virtual ou não) como você!! \o/

    Cara, pode ter parecido 1.0 esta minha versão, mas quis falar em serviço prestado e em concatenação de classes. Concordo com você que o grande vilão e mocinho da internet são os USUÁRIOS... e isso já começou no 1.0, qndo eles mesmos decidiram criar o conteúdo (eu mesmo já tinha minha página de pokemon, so que não compartilhava como hj compartilho, viva a 2.0 o//).

    Por mais que existam cientistas como você, que se preocupam em compartilhar conteúdo, há sempre os concatenadores de informações, que se juntam aos afins para facilitar a multiplicação do conteúdo. É isso que o Yahoo, Facebook, o faz.

    Ou seja, existe uma dependência, ainda que uma livre-dependência, de redes sociais para que estas trocas existam. Ainda bem que há bastantes concorrentes e a tendência é tornar cada vez mais social e interativa.

    Quero um texto seu para publicarmos aqui sobre o 3.0
    Vou cobrar! Obrigado por cruzar a Ponte! Boa caminhada, Mestre!

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